Um dos dois mais corridos da minha vida, mas que realmente valeram à pena!
Nos dias 17 e 18 de novembro no clube Kabanas na cidade de Porto Velho, Rondônia, 24 bandas se uniram para provar que Rock também é cultura.
Bem, como todos sabem, não sou crítica de nenhuma revista famosa ou coisa parecida, mas de uma coisa sei, deixarei meu coração de lado, a amizade e as preferências pra falar como “publico” o que foi bom e ruim durante estes dois dias do festival, que já está em sua terceira edição.
No dia 17 (sábado), das 12 bandas que subiram nos palcos Kandiru e Lambari. Uma surpresa na noite foi rever a Habeas Corpus tocar, já que não os via cerca de dois anos, porem, foi uma pena não ver grandes novidades a não ser o peso no som. A noite brilhou e muito, adorei ver que no estado de Rondônia há uma banda de punk muito boa como a Enmou, que a principio me assustou com seu nome (que me lembra emo), mas suas letras irreverentes me contagiou. Outra banda da qual adorei ter visto foi a Bicho do Lodo, o show foi ótimo suas musicas já tem um estilo próprio. A banda Branco ou Tinto de Cuiabá foi maravilhosa. Ao entrevistá-los na serie de entrevistas de bandas para o Festival Beradeiros, me contaram que a banda surgiu em agosto deste ano, quando vi a qualidade do som dos caras, fiquei boquiaberta. Logo em seguida foi o show da banda de metal core Survive que veio representar o Acre, os caras tem um puta show, uma puta presença no palco e fez todos os metaleiros baterem muita cabeça, o fato deles serem evangélicos não altera a qualidade do som, sei que muitos ali nem sabem do que se tratava a letra, mas diria eu, que foi um dos shows em que a platéia mais se empolgou. E para encerrar a primeira noite, SomoS! A banda paulista que conquistou o coração, olhos e ouvidos da platéia. A principio o show parecia correr tudo bem, quando logo na segunda musica, os músicos trocaram de instrumentos, para quem não sabe, na SomoS todos tocam tudo! A banda me conquistou quando o então baterista começou a tocar gaita de fole, pouquíssimas musicas depois, ouve uma pequena queda de energia no som, muitas bandas se revoltariam, mas então comeram a tocar com instrumentos inusitados e então eles conquistaram toda a platéia. O show foi excelente, a noite maravilhosa.
Mesmo com a baixa do publico logo no primeiro dia, não fez as bandas desanimarem. No domingo tivemos, também, vários show e bandas excelentes, para mim os destaques foram, One Weak, que tem uma mistura de new metal e hip hop em suas letras. A que mais me impressionou foi Di Marco, a banda que veio de Ji-Paraná me surpreendeu com seu som e também com um dos integrantes, que deveria ter pouco menos de 10 anos de idade e já tinha presença com a guitarra, e segundo o Raphael, já toca até bateria. Leões do Norte é sempre um espetáculo. Uma das melhores bandas de reagge que já ouvi, e também tem um percursionista mirim. A banda Fabrica anunciou a troca de nome, agora ela se passará a chamar Hei hei hei (espero estar escrito corretamente), como vocês podem notar o nome já diz muita coisa do som, e eu adorei! Logo em seguida foi o show da banda Ultimato, que como sempre, coloca a galera para cima, uma banda de new metal com letras basicamente políticas, e uma delas, Dia Virando noite me fez viajar completamente na guitarra de Bruno, que me transportou para uma viajem psicodélica. Encerrando a noite a banda Veludo Branco de Roraima, um rock ‘n roll, sujo e sacana, daqueles para se escutar no boteco, tomando cerveja cheio de segundas intenções, um som realmente excitante e exótico, sem contar à performance que encerrou o show da banda onde Mr. Gonzo “transa” com sua guitarra enquanto Thiago da SomoS dedilhava nas cordas, isto fez a platéia pirar.
O fato do festival não ter tido tudo o que foi inicialmente esperado, não desanimou, e com certeza foi o melhor, as melhores bandas, novas amizades e fatos que nunca esqueceremos.
Gostaria de dizer que todas as bandas merecem uma salva de palmas pelo esforço, pelo trabalho e dedicação neste um ano de luta para levantar o Festival, realmente se não fossem elas, ele não teria acontecido. Gostaria de agradecer o carinho de todos que conheci.
Gostaria também de citar apenas um ponto negativo neste festival, a falta de interesse de algumas bandas em prestigiar os amigos e parceiros. Vi que no primeiro dia, não havia muitas pessoas que iriam tocar no segundo dia, e vice-versa. Acho que é daí que começa a falta de união e isto é o maior pecado que ainda há nesta cidade. A falta de união entre as bandas, apoio e moral. Isto é o único e maior de todos os erros de todas as noites. Não falei de todas as bandas, mas com certeza todas foram ótimas se não, não estariam ali.
O FreakGlam agradece o carinho e o convite!
Esperamos ser convidados para o próximo ano. E quem sabe festivais em outros lugares.
Justine Françõis
** Foto: Banda Veludo Branco (RR)
2 comentários:
Ótima resenha babe...
valeu e até a próxima.
O nome da banda na verdade é Hey hey hey!
E valeu a força!!!!
Um beijo.
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